Seja bonito. Ou muito feio.
Peque pelo excesso. Foi assim que a Lacraia, ícone da bizarrice funk, conseguiu seu estrelato. Boa aparência também ajuda. Os garotos da Milli Vanilli, dos anos 90, eram modelos contratados para dublar a música criada por músicos feinhos. Chegaram a ganhar um Grammy antes de a farsa ser descoberta.
Faça tipo.
Uma personalidade forte esconde bem a falta de talento. Escolha a sua: um sambista de raiz, uma cantora virgem ou um roqueiro rebelde? Cheio de atitude, Sid Vicious, baixista do Sex Pistols, foi a cara do movimento punk. Mas, nas gravações, o guitarrista Steve Jones tocava no lugar dele. Nos shows, os colegas desligavam o baixo de Sid do amplificador.
Se você é ruim, seja pior.
Ser escrachado dá ibope. A banda curitibana Bonde do Rolê criou um mix de funk carioca com rock e música eletrônica. Acontece que o grupo não sabe dançar, rebolar nem é familiarizado com funk. A descoordenação no palco rendeu a eles shows pelo mundo.
Arranje um pistolão
A maioria das boy bands que existem hoje nasceu de produtores experientes que apadrinharam rostinhos bonitos com pouco talento. Eles têm contatos nos programas de TV e conseguem emplacá-lo facinho em algum show de auditório.
Crie polêmica.
Arranje uma opinião para defender e um inimigo para atacar. Talento à parte, Lobão voltou à mídia ao lançar um disco em bancas de jornal, desbancando as gravadoras. Mas cuidado. Quando a cantora Sinead O Connor rasgou a foto do papa na TV, sua carreira acabou.
Não deu certo?
Então encha a banda de gostosas, mesmo se você for mulher. Fausto Fawcett, criador de Káthia Flávia, a moça da calcinha exocet, fez de seus shows performances com cenas artísticas e poesia sensível. Não deu certo, então ele resolveu levar mulheres para o palco. Sucesso nacional.
Leia mais: http://www.mundodrogado.com.br/2010/08/como-ter-uma-banda-de-sucesso-sem.html#ixzz0vVls6bTA
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