sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Casos Reais de Exorcismo


Antes dos casos de possessão, vamos primeiramente entender como que funciona um exorcismo:


Exorcismo: “o ato de expulsar, ou repelir, os demônios ou espíritos do mal de pessoas, lugares ou coisas, que acredita-se estarem possuídas ou infestadas por eles, ou propensos a se tornarem vítimas ou instrumentos de sua malignidade”.

Temos 3 tipos de exorcismos:

- exorcismo batismal - abençoar uma criança antes do batismo para purificá-la do mal, resultado do pecado original;

- exorcismo simples - abençoar um lugar ou objeto para livrá-lo da influência do mal;

- exorcismo real - realizar o Ritual do Exorcismo para livrar um ser humano da possessão diabólica.

Os sinais de uma possessão demoníaca:

- falar ou entender linguagens que a pessoa nunca aprendeu (diferente de "falar em línguas", que é considerado um sinal de êxtase religioso, não de possessão);

- saber (e revelar) coisas que a pessoa não tem como saber;

- força física além da constituição natural da pessoa;

- uma violenta aversão a Deus, à Virgem Maria, à cruz e outras imagens da fé católica.

O Exorcista

Se a Igreja decide que tem um caso verdadeiro de possessão nas mãos, que requeira um exorcismo, o próximo passo é indicar um exorcista para o caso. Geralmente é o mesmo padre que realizou a investigação, mas outro padre também pode ser indicado.
Expulsar o demônio não é parte das atividades diárias de um padre comum. A maioria dos padres nunca realizou um exorcismo. Essa é uma atividade praticada por muito poucos.
Tradicionalmente, o exorcista católico passa por poucos treinamentos específicos para ajudá-lo em seu trabalho. Eles aprendem muito sobre o demônio e os riscos e manifestações do mal, mas o próprio exorcismo não é uma área especializada de estudo nos seminários. O que eles sabem é em razão de sua experiência no papel de padre e do ritual de exorcismo Católico, que é o documento oficial que detalha as orações e os passos de um exorcismo.
Os exorcistas oficiais da Igreja Católica formaram sua própria organização em 1992. A Associação Internacional dos Exorcistas mantém reuniões semestrais em Roma e envia um boletim informativo trimestralmente a seus membros. No boletim informativo, os exorcistas falam das dificuldades ou dos casos interessantes (Cuneo, 266). Além disso, em 2005, a Academia Pontifícia Regina Apostolorum de Roma (universidade ligada ao Vaticano) começou a oferecer aulas de exorcismo.
Uma vez que a Igreja indica um de seus exorcistas oficiais para realizar o ritual, o próximo passo é conseguir que o demônio deixe o corpo da pessoa.
O Exorcismo
Para realizar o ritual, o exorcista veste sua sobrepeliz e a estola roxa. O ritual de exorcismo é principalmente uma série de orações, declarações e apelos. Estas orações são livremente encontradas na "fórmula da súplica", na qual o padre pede a Deus para livrar o paciente do demônio ("Deus, cuja natureza é sempre de misericórdia e perdão, aceite nossa oração para que este Vosso criado, amarrado pelos grilhões do pecado, possa ser perdoado por Vossa amorosa benevolência"), e na "fórmula imperativa", na qual o padre exige que ,em nome de Deus, o demônio deixe o corpo do paciente ("saia, então, ímpio, saia, amaldiçoado, saia com todos os seus enganos, por Deus que quis que o homem fosse ser Seu templo").
Além da recitação, o padre borrifa água benta em todos na sala, coloca suas mãos no paciente, faz o sinal da cruz tanto em si como no paciente e toca o paciente com uma relíquia católica (geralmente um objeto associado a um santo).

* Informações referentes ao exorcismo católico [ Dados retirados do hsw ] *


Pronto. Agora sabemos as principais informações sobre um exorcismo, então vamos a alguns casos reais:

O Verdadeiro caso do filme O Exorcista

O filme O Exorcista foi inspirado em um caso real, não envolvendo uma garotinha de 12 anos, mas um menino de 13, conhecido por R. Seu comportamento estranho começou em 1949, após a morte de uma tia. Ele começou a ouvir arranhões na parede e objetos voavam pela casa. Cadeiras e camas se moviam quando o garoto estava nelas. A família desesperada pede ajuda a igreja católica. A primeira tentativa de exorcismo acabou em desastre. Ele rasgou o padre do ombro ao pulso com uma mola da cama. Foram necessários mais de 100 pontos o local. Palavras começaram a surgir em seu corpo e uma delas, Louis, fez a família mudar de volta para Saint Louis, acreditando haver algo lá. Entre em cena um estudioso jesuíta que na época tinha 27 anos, Walter Halloran.Ele estudou na Universidade de Saint Louis e tratou de R. Narrando o caso, ele diz que "o garoto cuspia com precisão e acertava seu corpo a 1,5 metros... Certa vez ví uma marca em seu ombro e parecia a caricatura do demônio. Eu podia ver suas mãos e não era ele que fazia... Ouvimos a voz e ela falou que não ia embora até que uma certa palavra fosse dita.". Na páscoa, uma outra voz tomou o garoto e disse a palavra Dominus. Neste momento ouviu-se um tiro e o garoto ficou curado.

* Se gostar do post, aconselho assistir o O Exorcista *

História Real de Annaliese Michel [ informação coletada aqui]


Estávamos em 1968, quando Anneliese, uma jovem católica, teve um estranho ataque. Paralisada e com tremores, ela foi incapaz de pedir ajuda às suas três irmãs e aos pais (Josef e Anna). Um neurologista da clínica psiquiátrica de Würzburg diagnosticou-lhe Epilepsia do tipo “Grande Mal”, um conceito ultrapassado no meio da comunidade científica, que em vez de separar a doença em “Grande Mal” e “Pequeno Mal” divide-a em crises parciais e crises generalizadas. 

Após uma longa estadia no Hospital, ela começa a ter visões demoníacas enquanto reza. No final de 1970, Anneliese regressa à escola e começa a crer que está possuída. As coisas pioram quando ela começa a ouvir vozes que lhe dizem que vai arder no inferno. As depressões aumentam e Anneliese sente-se cada vez mais afastada da medicina, incapaz de lhe resolver a sua questão. 

Em 1973, os seus pais pedem à Igreja por um Exorcismo. A Igreja Católica rejeita e recomenda que ela continue a tomar a medicação que os médicos lhe prescreveram. 

Na sua doutrina, a Igreja define o exorcismo como sendo um rito sagrado destinado a expulsar o demônio dos possessos ou a subtrair pessoas e coisas (habitações, por ex.) às influências demoníacas. A cerimônia seguida é antiquíssima, contendo alguns formulários que têm origem antes do séc.X. Os exorcismos, que ainda se efectuam nos dias de hoje, seguem as normas estabelecidas pelo título XII do Ritual Romano, o qual, por sua vez, reproduz o ritual de Paulo V (1614), posteriormente revisto pelo papa Bento XIV (1744). 

Após o concílio Vaticano II (anos 60 do séc XX), a Igreja começou a revelar grande reserva relativamente à possessão demoníaca, à medida que a ciência moderna veio demonstrar que a maioria das pessoas, ditas possessas, mais não eram do que pacientes do foro neurológico e/ou psiquiátrico. 
É assim necessário um extenso conjunto de sintomas para que a Igreja Católica considere uma pessoa possuída (Infestatio). 

Mas, os pais de Anneliese não desistiram e através de Ernst Alt, o pastor encarregue do caso, voltaram a formular o pedido. Novamente rejeitados, eles decidem que Anneliese deveria assumir uma vida ainda mais religiosa de forma a tentar expulsar o mal. 

Mas os ataques continuam e na casa dos seus pais, Anneliese insulta, bate e morde os membros da família. Ela não se alimenta normalmente e dorme no chão. Começa a comer moscas, aranhas e carvão. Chega a beber urina. 

Paralelamente ela destrói crucifixos, imagens de Jesus e rosários. A auto-mutilação torna-se prática corrente. 

Em Setembro de 1975, a Igreja Católica finalmente acede ao pedido familiar e designa o padre Arnold Renz e o pastor Ernst Alt para efectuarem o exorcismo. Lucifer, Judas Iscariot, Nero, Cain, Hitler e Fleischmann são algumas das figuras que através dela se manifestaram. De Setembro de 1975 a Julho de 1976 foram mantidas naquela casa 2 sessões de exorcismo semanal. Por vezes, os seus ataques eram tão fortes que eram necessários 3 homens para a agarrar. Entre essas sessões, houve períodos em que Anneliese acalmou e pôde fazer a sua vida normal, ir à escola, etc. 

Mas os ataques não param e durante 6 meses ela recusa-se a alimentar-se. O exorcismo prossegue, estando registados em aúdio mais de 40 cassetes com os eventos. 

A 30 de Junho de 1976, os exorcismos param. Ela agora sofre de pneumonia. Ela morre no dia 1 de Julho, usando como últimas palavras Beg for Absolution (implora pela absolvição). As autoridades de Aschaffenburg são informadas e começam as investigações. 

Um pouco antes dos eventos ocorrerem, tinha estreado nos cinemas “The Exorcist”, o clássico de William Friedkin. O mundo viveu alguns períodos de histeria e por todo o lado os psiquiatras foram confrontados com doentes que afirmavam estar possuídos. 

Para as autoridades, este caso era descendente dessa paranóia. Apesar de bizarro, o caso foi levado a tribunal passado dois anos. 

”Klingenberg Case”, como era conhecido, tinha como réus os dois padres e a mãe de Anneliese Michel. A acusação era simples: homicídio por negligência. A causa de morte de Anneliese foi fome e as autoridades afirmaram que caso a jovem fosse alimentada à força, a sua morte teria sido evitada.

* Essa história foi contada no filme O exorcismo de Emily Rose, e, também, recomendo o filme. *

Abaixo um vídeo com parte do áudio do exorcismo de Annaliese Michel


Exorcismos pelo Mundo:

Exorcismo realizado na Itália


Exorcismo realizado, se eu não me engano, na Espanha

Exorcismo Islâmico

Parte de uma matéria de uma tv chilena




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